E complementando o título desse post, uma palhaça feliz e realizada, que administra o trabalho de artista com muita seriedade e como se estivesse em uma grande empresa. Essa é a história da Rebeca Menegazzo Matiazi que junto com o marido, o Marcel, forma uma dupla de palhaços. Ela é a palhaça Spirulina e ele é o palhaço Farofa. O projeto dos dois se chama Piruca de Vagalume. A Rebeca me contou que sempre teve vocação para as artes, trabalhou com artesanato, arte educação, circo, teatro, mas sempre teve que recorrer a trabalhos formais, "para garantir a sobrevivência".Quando se casou com o Marcel, que era artista e músico, encontrou um amor e um parceiro que também tinha o sonho de viver de arte. Em 2007 uma tragédia na família obrigou o casal a se mudar para Buenos aires. É que a irmã da Rebeca precisava de ajuda, tinha ficado viúva depois de um grave acidente de carro. Estava muito machucada e com um filho de 3 anos de idade. Como estava em busca de uma carreira com bom retorno financeiro, a Rebeca aproveitou que estava em Buenos Aires para tentar algo no ramo de tecnologia. E conseguiu! Foi contratada por uma multinacional do ramo de TI como executiva de contas, responsável pelas renovações de contratos de serviços do Brasil. E durante três anos ela diz que foi muito feliz. Tinha um bom salário, estabilidade. Mas, sempre tem um mas, a Rebeca começou a ficar doente. A cobrança de um trabalho com vendas e metas começou a deixá-la ansiosa e com stress.
“Sentia que havia abandonado meus ideais, meus sonhos e que se eu dedicasse o trabalho de executiva para um negócio próprio, poderia ter muito mais sucesso e fazendo algo que realmente tivesse sentido para mim”
O casal decidiu voltar ao Brasil, fez um planejamento para poder se manter nos primeiros meses e já em casa uniram força e coragem para reavivar o primeiro projeto deles o Piruca de Vagalume. Hoje os dois se apresentam em escolas, festas infantis e também em eventos corporativos e comemoram a vitória de terem conseguido uma vida financeira rentável e feliz. “Hoje depois de 3 anos do projeto consolidado a nossa renda é similar, se não até superior, ao meu antigo trabalho e a alegria de trabalhar com algo que realmente amo é imensurável.
-Aproveite toda a experiência e treinamentos que você tem em grandes empresas, principalmente em trato com clientes, para utilizá-la em seu próprio negócio. A formalidade e a etiqueta na hora de tratar um cliente, ao mesmo tempo deixando o cliente a vontade é algo escasso no ramo autônomo. Um português correto na hora de escrever um e-mail, cumprimentos e despedidas são valorizados no trato pessoal.
-Você não precisa se dedicar 24 horas horas do seu dia, mas se você dedicar as mesmas horas que dedicava ao seu antigo emprego, agora ao seu próprio empreendimento, o lucro será todo seu e não somente seu salário ou porcentagem de vendas.
-Acompanhamento de clientes e resposta em tempo recorde. Percebi no trabalho em grandes empresas, que você não pode dar tempo para a concorrência sequer abordar seu cliente. Então fico sempre ligada nos meus meios de comunicação e dou resposta imediata aos clientes, sempre tratando de demonstrar que conosco eles terão sempre tudo o que precisam e o mais rápido possível.
- Dica Bônus: É necessário ter um caixa para iniciar um empreendimento. Mesmo o nosso projeto que precisava de pouca estrutura, os primeiros meses são devagar, até você "fazer a sua carteira de clientes" Então é preciso saber que para o primeiro ano você precisa contar um um apoio financeiro de um poupança ou mesmo se abrir a possibilidade de fazer free lances em outras áreas, para tapar buracos no orçamento familiar.