No Clube de Permuta empresários trocam até feijão por avião

26 de fevereiro de 2018 por Vanessa Brollo
A ideia do Clube de Permuta foi do Leonardo Bortolleto. Sócio em uma companhia da área de tecnologia, ele recebia créditos como pagamento por alguns de seus serviços para realizar permutas com as empresas envolvidas. No entanto, nem sempre conseguia gastar todo o valor acumulado e passou a fazer repasses a amigos empresários mediante algum tipo de desconto ou parcelamento do pagamento. Foi desta experiência que, em 2012, nasceu o Clube de Permuta. Em busca de um associado acabou encontrando o sócio, Paulo Cesar Alkimim de Oliveira.  Eles explicam que O Clube de Permuta tem como foco trocas multilaterais de produtos e serviços entre as empresas associadas. Após passar por uma análise, a empresa recebe um limite de crédito em ‘permutz’, a moeda virtual utilizada para as negociações dentro da plataforma.“Nessa modalidade de negociação, a empresa A pode vender feijão para a B e, com o crédito em permutz que receberá, poderá adquirir um automóvel da companhia C, que também é associada. Cada permutz equivale a um real”, explica Bortoletto. Cada associado paga para o Clube de Permuta uma anuidade de R$2.400 e uma taxa de intermediação de 10% em dinheiro em cada compra. No caso das vendas, é gera do um crédito de 10% em ‘permutz’, para o Clube de Permuta. “Já aconteceram trocas curiosas como produtos de supermercado por imóveis, pacotes de viagens por carro de luxo e até por avião”, conta Oliveira. Em 2015, os sócios resolveram replicar o modelo pelo país, através de franquias. O valor da franquia varia conforme o porte da cidade, mas custa a partir de R$ 100 mil com previsão de retorno de 16 a 22 meses. Curitiba, na capital do Paraná, é uma das cidades que acaba de ganhar uma franquia, a primeira da região Sul. Quem decidiu investir na ideia foi o empresário da área de alimentação Aleksandro Mroczek. “Venho acompanhando os movimentos do Clube de Permuta há dois anos. Entendi que agora era o momento de trazer o negócio para Curitiba, sabendo da solidez que há nos bastidores. Vejo como uma forma de auxiliar os empresários neste momento de crise econômica, flexibilizando o fluxo de caixa, sendo uma venda incremental para quem se associa, pois não teria acesso a esses clientes, se não pelo Clube”. A expectativa na capital do Paraná  é de chegar a 70 empresas associadas até o final de 2018. “Para todos que apresento esse modelo de negócio, sinto um impacto muito positivo. O empresário tem de estar aberto a novas formas de negócios, então acredito que as adesões vão crescer rapidamente”, conta Mroczek. www.clubedepermuta.com.br