Tenho que fazer uma confissão: sou uma tricoteira frustrada. A minha avó Joaninha, me ensinou o básico, mas hoje em dia faço no máximo um cachecol, que é mais fácil. Mesmo não sabendo tricotar direito me interesso por notícias sobre o assunto e adoro saber, por exemplo, que essa técnica já há algum tempo não é coisa de vovó hein? Tem muita gente jovem que utiliza o tricô para fazer roupas e acessórios da moda. Também me chamou a atenção,em uma revista, uma nota sobre o grupo Tricota Curitiba. Fui lá conhecer essa ideia.
Dividir conhecimento para somar amizade. Essa é a filosofia do grupo, que se reúne sempre no primeiro sábado do mês, em um shopping na Capital do Paraná. A ideia foi da India O’hara Sarti. Ela me contou que tricota desde os 15 anos e que há algum tempo, começou a entrar em grupos de tricô na internet. Como foi localizando pessoas de Curitiba, decidiu trocar os encontros virtuais pelas reuniões presenciais. Nesses encontros, as mais experientes ensinam a arte do tricô para quem ainda está começando e mesmo para quem já sabe tricotar mas que está em busca de novidades, aliás, não são só mulheres. A India disse que tem um rapaz de 19 anos, que participa das aulas, e que é craque no manuseio das agulhas. O grupo cobra uma taxa simbólica de quinze reais das alunas, que em um mês aprendem a fazer uma peça e no outro têm a chance de tirar dúvidas.
E não é só a aula,as reuniões ajudam algumas mulheres a terem um espaço para fazer amizades e trocar experiências de artesanato e de vida também. O Tricota Curitiba ainda ajuda projetos sociais incentivando as alunas a tricotarem cachecóis, gorros ,sapatilhas de lã e outras peças para serem doadas. Daí a filosofia de dividir o conhecimento e ainda fazer o bem ao próximo.
Em 2 anos, 250 alunos passaram pelo Tricota Curitiba. Além de ajudar a difundir a técnica do tricô, a India ainda fala das vantagens da técnica para a saúde das pessoas:
“O tricô treina a paciência, o raciocínio, porque tem que fazer cálculos matemáticos. Existem estudos que comprovam que ajuda até a prevenir o Alzheimer”.
Adorei conhecer esse trabalho. Quem sabe uma hora eu me animo a tentar evoluir do cachecol para peças mais elaboradas. Atualmente o grupo se reúne sempre no 1º sábado do mês, às 14:30 hs, no Shopping Pátio Batel, em Curitiba.
Você que não mora em Curitiba pode aproveitar as dicas do grupo no site: